7.12.16

TONLE SAP E O CORAÇÃO DAS TREVAS

Pra ler ouvindo


Em 2006, quando tentamos pela primeira vez conhecer o sudeste asiático, a viagem começaria pelo Vietnã. Não deu. Para essa viagem de 2016 decidimos simplificar o rolê, percorrendo somente a Tailândia e o Camboja. Mas tudo bem, é bom deixar algo faltando pra dizer "voltaremos".
Mesmo no país ao lado, anteontem me senti pela primeira vez no coração da indochina. Era eu o Capitão Willard adentrando o rio para resgatar o Coronel Kurtz no melhor filme da história (não discutam isso comigo).

A jornada foi a viagem de 7 horas de barco que fizemos pelo lago Tonle Sap, saindo de Siem Reap em direção a Battambang

As 8 da manhã um ônibus se encheu de gringos para levar-nos ao barco. 


Chegando na embarcação, os jovens ficaram na parte de cima, curtindo uma ostentação.





A viagem é demorada, mas é uma incrível jornada pelas entranhas do Camboja. No caminho, diversas vilas flutuantes, com milhares de pessoas morando em construções muito engenhosas. Muito, muito bonito.








A um certo momento o barco atravessa uma mata fechada. Galhos de árvore nos acertam. O nível da água mal chega a 2 metros e a navegação por vezes ficava difícil. 



Entramos no rio Sangker. O sol forte da tarde começa a cansar. Os turistas já não filmam tudo e não curtem tanto a ostentação. As vilas não são mais flutuantes, a sujeira das casas fica evidente e o olhar da população ribeirinha já parece mais triste. The horror, the horror. 




Sem mais nem menos o barco pára e as pessoas começam a descer do rio numa pequena escada. Não há cais, não há nenhuma estrutura. Diversos moleques seguravam cartazes com nomes de gringos e seus hotéis. Pegamos um tuk tuk com o Mr. No, que pela primeira vez atendeu um brasileiro na vida. Seu tio se chama Ronaldo.


Estamos em Battambang, a quarta maior cidade do Camboja. Seguimos buscando o Coronel Kurtz.