7.12.16

AS BIKES DO CAMBOJA


O povo do Camboja se locomove em duas rodas. Nas ruas e nas estradas, as motos de baixa cilindrada dominam o cenário . E enganam-se aqueles que acham que a motos são veículos de transporte individual. É normal ver motocas levando 2 ou 3 pessoas. Pais levam suas crianças e até bebês pra lá e pra cá de moto, o que é um pouco assustador. 



Mas como as motos são de pouca potência, a velocidade é baixa e o trânsito é muito menos intimidador do que no Brasil. Estou aqui há uma semana e nunca vi nada próximo de uma briga de trânsito, em cidades que praticamente não tem semáforos ou sequer faixas pintadas no asfalto.

Mas como estamos falando de um país bem pobre, quem não tem moto caça com bicicleta. E são muitas as bicicletas. Motos e bikes convivem numa boa no mesmo espaço, e os poucos carros e tuk tuks da rua é que tem que se adequar e andar pianinho. 



O mais interessante é ver que as crianças vão para a escola de bicicleta desde cedo. As crianças maiores (menos de 10 anos) chegam a levar as crianças menores na garupa. E elas encaram as ruas e até as estradas sozinhas, cientes de que as motos as respeitam. Uma porta de escola em Siem Reap deixaria orgulhoso muito urbanista de Copenhagen.











Como o ciclismo urbano virou “tendência” no ocidente, os viajantes europeus logo descobriram que é possível fazer os rolês turísticos de bicicleta. Em Siem Reap você pode alugar bicicletas (5 dólares a diária) e visitar os templos de Angkor numa boa - você pode inclusive fazê-lo com um guia local de bike. Há inclusive uma parte da estrada com uma ciclofaixa. O circuito menor de templos é um anel de 17 km. O anel maior, de 26km. Sopa no mel.




O trajeto é plano e maravilhoso, passando pelos campos de arroz entre um templo e outro. Tem muito gringo já fazendo rolês ainda mais extensos até vilarejos próximos. 

Infelizmente não deu pra gente fazer nada disso porque estamos com as crianças. Mas fica a dica - se fores ao Camboja, venha pra pedalar.