22.11.05

Ezeiza, 22 de novembro de 2005

4 da manha. Escrevo da sala de embarque do aeroporto de Ezeiza, Argentina. Em duas horas, nossa viagem estara oficalmente encerrada.

Estamos de mau humor. Nao por nada que passamos na viagem, mas porque acabamos de pagar inesperados 110 pesos ao aeroporto como taxa de saida. So soubemos disso agora, e tivemos que ir em um caixa eletronico sacar esse dinheiro. Algo como uma taxa kinder-ovo. Mas tudo bem.

Estamos cansados. Claro. Passamos as ultimas 14 horas caminhando por galerias de arte e parando em botecos para tomar cerveja.

Passamos hoje por 4 galerias de arte e por 5 bares diferentes. Começamos a tour etilica no almoço, comendo uma bela pizza recheadissima recomendada e aplicada por Gaspar, que nos acompanhou por quase todo o dia.


Pizzinha

Caminhamos no centro, vimos a galeria onde esta expondo o Mauro, nosso anfitriao.

Vimos a galeria absurda de Federico Klem, autodenominado o Andy Warhol da Argentina. Uma bicha louca milionaria, de obra artistica absurdamente feia, mas que tem em sua pequena colecao pecas maravilhosas de Magritte, Dali, Picasso, Man Ray, Robert Mapplethorpe e outros genios. Passamos por uma outra galeria, pequena, que exibia uma boa exposicao de um artista local.

Cansamos e paramos pra tomar uma cerveja.



Caminhamos e passamos pela estacao de trem de Retiro. La dentro havia um botequinho com ar condicionado. Como fazia calor, entramos. E tomamos mais cerveja.


Quarto boteco

Ao fim da tarde, paramos em uma praca e morgamos.



Fomos encontrar o Mauro, que ia nos mostrar a lojinha de objetos de arte de sua família, Materia Urbana.


Mauro e Carol

Enquanto ele nao chegava, tomamos uma cerveja.

Ele chegou. Vimos as obras. E combinamos com mais amigos para tomar mais cerveja em um boteco proximo.


Ultima botecada de Buenos Aires


Sebastian e uma cerveja

E as tomamos, com muito prazer. Mas agora cansamos. Nossa viagem acabou. Com muita cerveja, muita comida, e um bocado de risas.

P.S.: antes de comecar tudo, fomos ao supermercado. Compramos vinhos argentinos bons, bonitos e baratos, zapatillos, alfajores, doce de leite. Vamos comer besteiras argentinas por um bom tempo la em casa. Quem passar por la vai aproveitar.


Escolhendo vinhos pra muamba


Carol escolhendo zapalllitos que seriam apreendidos pela alfandega brasileira no dia seguinte
Buenos Aires, 21 de Novembro de 2005

O George eh um fominha mesmo... nem da tempo de eu escrever um pouquinho e contar as coisas pq ele ja pula no computador logo cedo para atualizar o blog e descarregar as fotos, ate aproveita para ler noticias do Brasil.

Ate durante a entrevista que o Nando fazia comigo ele aparece lendo um jornal argentino, mas quando eu pergunto, e ai,o que acontece na Argentina hoje? Ele responde, nao sei, nao entendo essa lingua! Hahahahahahahaha...

Essa viagem esta mais deliciosa do que qualquer outra, eh muito bom reencontrar tantos amigos, eh muito bom que o George esteja comigo aqui, depois de tanto tempo...

Eu simplesmente nao conseguia sair da casa da Vera, tava muito gostoso, tava um dia muito lindo, o Maxi eh muito gente boa... tava tudo tao especial que era impossivel ir embora.

O negocio eh que nao da mais pra ficar tanto tempo sem ir a Buenos Aires. Uma vez a cada dois anos acho que da pra cumprir. Uma vez por ano seria um sonho.

21.11.05

Desculpem nos a falta de acentos.

Teclados diferentes dao merda e qualquer acento que colocamos vira uma loucura na pagina. Isso acontece em todos os lugares que fomos: Buenos Aires, Praga, Londres, Barcelona...

Bem... Contamos com a compreensao de todos. Obrigado.
Buenos Aires, 21 de novembro de 2005

Dia Anti-Turismo
Tinhamos uma programacao agitada. Tinhamos.
O Nando ia entrevistar Carol para um trabalho da faculdade. Iamos visitar a Vera, irma do Mauro. Iamos vistar a Malena, velha amiga da Carol. Iamos conhecer a galeria de arte do Mauro. Iamos tomar cerveja perto da galeria de arte do Mauro.

Mas o Nando, que e basicamente um doido de pedra, chegou 2 horas atrasado. A tal entrevista, que ia durar 15 minutos, durou outras 2 horas. "O olhar de um estrangeiro em Buenos Aires" era o tema. Comedia.


Carol recebe a imprensa no banheiro


Carol vai comprar cerveja com a imprensa


Uma pequena batida de carro no meio da entrevista. Cobertura ao vivo da imprensa.

4 horas atrasados, fomos visitar a Vera, irma do Mauro. Conhecemos a sua casa, e fomos ao terraco tomar uma cerveja. Tomamos varias cervejas, comemos batata frita, facturas e empanadas.


Maxi e Vera

A 1 da manha fomos embora. Furamos todos os compromissos. Mas foi bom, uma especie de day off da canseira que e ficar caminhando pra tudo quanto e lado.

Hoje vamos correr bastante. Caramba, e o nosso ultimo dia aqui!!!!!!!

20.11.05

Voce e o que voce come

Facturas docinhas com suco de laranja pela manha. De tarde, empanadas diversas, e sorvete de doce de leite. Alfajores triples no lanchinho. A noite, assados com chimi churri. Uma viagem, antes de qualquer coisa, e uma experiencia gastronomica. E nao podemos dizer que essa nao esta sendo.
Buenos Aires, 20 de Novembro de 2005

Como sempre vamos contando o que aconteceu no dia anterior, pois sempre chegamos tarde e cansados da balada, nao da ganas de ligar o computador pra contar...

Bem, ontem acordamos tarde como sempre e George e eu saimos para comprar facturas para nosso cafe da manha, fizemos um suco de laranja e voila, outro cafe-da-manha tipico portenho!!!

Ligacoes de costume para combinarmos as coisas e partimos para o Congresso, onde demos uma volta pela praca procurando umas placas pixadas de um turista se fudendo - para entrar para nossa galeria de fotos de placas (ainda nao encontramos, mas vimos outro dia pela janela do busao).


Congresso é congresso em qualquer lugar...

Compramos um Jorgelin para conseguir trocado para pagar o onibus 37 (melhor desculpas de todas, nao? Heheheheh), que seguia pela Callao, descemos e andamos mais um pouquinho ate chegar na Recoleta, onde encontramos a Marga e o Michelim na porta do Centro Cultural.

Demos uma volta por la mais para nos refrescar, porque a agua que tomavamos nao dava conta de baixar a temperatura do nosso corpo! Um sol infernal! Saimos entao pelo bairro, a Marga nos guiava para a melhor empanada da regiao, mas quando chegamos la... as portas estavam fechadas... so reabririam as 19h00... entao procuramos a segunda melhor empanada da regiao... Que era no lugar que estivesse aberto, hahahahahahah!!!


A melhor empanada da regiao... quem sabe?


A segunda melhor empanada da regiao


Margarita, Michelin e litros de cerveja Eisenbeck


E um sorvetinho de dulce de leche pro calor

Voltamos para dar uma volta na feirinha - eh muito engracado como da pra notar quais sao os artesanatos verdadeiros (ou seja nao produzidos em grande escala e vendidos em todas as feirinhas do continente) pela cara do vendedor. A Marga contou de como ha 10 anos atras um amigo artista foi praticamente expulso da feirinha porque vendia algumas coisas que nao tinham sido feitas por ele...

O vento foi mudando, ventinho de chuva, as barraquinhas foram fechando, uma gota, outra gota, que tal uma visita ao Museu Nacional de Bellas Artes? Nosso guarda-chuvas. Estivemos usando os museus mais como protecao do que para qualquer outra coisa, mas para mim o mais importante nessa viagem eh ver as pessoas, conhecer suas casas, seus atelliers, do que fazer passeios turisticos. Claro que tb fazemos os passeios, porque eh a primeira vez que o George esta aqui e ele precisa dessas referencias...

Deixo o George continuar, vou tomar um banho que daqui a pouco o Nando chega para nos pegar.

(george continuando)

Do museu, pegamos mais um onibus, para conhecemos a oficina da Marga, que assim como a do Mauro, tambem e supercool. Um galpao dividido entre 3, 4 artistas, que trabalham juntos no mesmo espaco. Supercool.

Da oficina da Marga para a casa da Marga e Gaspar. Even cooler! Casa linda, pe direito gigantesco, quartos grandes, um jardim lindo, e um terraco enorme no alto. Impressionante, nao conseguimos achar coisas assim em Sao Paulo por menos que alguma fortuna inimaginavel.

Foi la que a carol preparou o encontro de velhos amigos para o assado feito por Mauro. Noite maravilhosa. Cervejas, vinho, cachaca, assados de todos os tipos, saladas, cerejas. Muito papo em portunhol. Fomos ate umas 2 da manha, conversando em volta da mesa que colocamos no terracao. Melhor impossivel.


Assado de Sabado


Malena, George, Carol, cervejas e assados

Acho que pra isso que servem as viagens. Conhecer pessoas, rir, passar boas horas. E creio que essa esta perfeita...
Buenos Aires, 19 de novembro de 2005

Primeiro dia depois da primeira noite. Dia longo, cheio de coisas. Perfeito. (Carol entre parenteses).

Manha

Acordamos tarde. Ja perto do meio dia, caminhamos no bairro do Mauro, nosso anfitriao, conhecendo o comercio, comprando sanduichinhos argentinos para o nosso "desayuno". Qual o nome deles mesmo ? (Sandwiches de Miga)

Tarde
No inicio da tarde, pegamos o "subte", fomos ao centro e a partir da Plaza de Mayo (nada mais turistico), caminhamos um pouco pela regiao. Sol, sol, sol.



Um onibus e encontramos o Andre (Michelin), um amigo brasileiro, no Caminito, outra regiao turistica de casinhas turisticas, uma especie de Pelourinho de pequenas ruas e casinhas.


Ponte sobre o Riachuelo, entrada do Caminito


Carros no Caminito

Ali perto, passamos por La Bombonera, o estadio do Boca Juniors, nao sei porque cargas d´agua resolvemos pagar por uma tour pelo estadio (Por que a Carol sempre quis entrar na Bombonera, oras!). Programa de indio. (mas isso nos proporcionou a imagem mais insolita da viagem: um cara, sem bracos, dirigindo um carro!!!)


Carol na Bombonera

Tomamos cervejas por la, em 2 lugares. Almocamos milanesas com fritas em um restaurante "turisticos". Buenissimo.

Noite
Encontramos novamente o Mauro, que e um artista plastico de mao cheia, e conhecemos a sua oficina, que fica num galpao abandonada de uma estacao de trem abandonada. Ali, varios artistas se juntaram e estao comecando a recuperar o local. Cool.


Taller do Mauro

Voltamos pra casa ja cansados de um dia longo. Encontramos o Nando, amigo da Carol dos tempos que ela morava aqui. Tomamos mais cerveja. Cerveja, cerveja, cerveja.
Schneider Fuerte, Stella Artois, Quilmes.
Saimos para jantar tarde, em um lugarzinho que o Nando leu no jornal. Comemos muito assado, tomamos vinho. Cosechero Parilla era o nome do lugarzinho. Otimo.


Carol, Michelin e Mauro no Cosechero


Carol se fartando

Se eu estava bebado? Claro!
Saimos de la e eu ja quase dormindo. (Passamos na casa dos pais do Mauro, na calle portiguera, mesma rua onde eu morei!!! Vi a Flicka, a cachorrinha, que ja esta tao velhinha...)
Paramos em outro bar (Bar Federal, na esquina da Peru com Carlos Caldo, um bar super tradicional) para encontrar amigos do Mauro. Mesa cheia deargentinos felizes. Tomei umas aguas, uns cafes, e recuperei minha consciencia.

Estava ok para o gran finale: invadir uma festa de casamento no Yacht Club. Chegamos la perto das 4 horas, na beira do rio. A festa era num (bingo!) iate, na beira do rio. Ja decadente. Entramos.


Festa no Yacht Club

Todos por la estavam de ternos e vestidos longos. E nos de roupinhas normais. Era casamento de uma jovem gordinha com um tiozinho que, pela cara, devia ter muita grana. Muita gente bebada, com gravatas frouxas, mulheres com suas maquiagens gastas. Fim de feta e fim de festa em qualquer lugar do mundo. Todo mundo bebeu um pouco de graca. Afinal, era uma boca livre....
Eu comi bolo, e bebi agua. Um DJ meio sem nocao alternava musicas ruins e boas numa velocidade impressionante, cortando todas as musicas pela metade. Mesmo assim, demos alguns belos e divertidos vexames na pista.
Quando saimos, ja era quase 5 horas. (Pegamos uma carona na Mistery Machine de uma amiga do Mauro).


Abobrinha e Escarola na Mystery Machine


Nando na Mystery Machine

Vimos o amanhecer na rua esperando o onibus cheio para voltar para casa.

Ploft. Ate amanha...

P.S.: Ontem tirei 405 e fotos disso tudo o que aconteceu. Vamos posta-las, sim, assim que pudermos. Certo?
Buenos Aires, 18 de Novembro de 2005

Faltou contar um pouco de como foi nossa primeira noite aqui em BsAs.

Chegamos as 23h00 e la estavam Mauro, Margartita e Gaspar nos esperando, no mezanino de Ezeiza. Saimos e paramos num posto de gasolina para abastecer - Petrobras!!! Fomos para um bar onde a Marga comeu um choripan e tomamos nossa primeira cerveja portenha - Brahma!!! Hahahahahahahah...

Entao cruzamos a rua para entrar num barzinhos onde rolavam umas canjas de tango, perto da praca de Almagro, o lugar... Maaaaauuuro, como eh que chama o lugar mesmo? "Lo de Roberto" (Calle Bulnes). O George enfrentou bravamente um fernet con coca, e ainda sobrou tempo para uma empanada frita... hummmmmm...

18.11.05

Buenos Aires, 18 de Novembro de 2005

Sao 22h50 e o Mauro descolou uma festa em Puerto Madero, no Yatch Club... hahahahahaha... e eu la tenho roupa???? Hahahahahahahahahahah...

Bem, o dia foi cheio, mas como ja estamos de saida so vou contar isso mesmo.

Estamos eu, George, Mauro, Michelin e Nando.

Depois conto mais.
Buenos Aires, 18 de novembro de 2005

Quase 1 ano e meio depois de nossa ultima saida do territorio, carimbamos de novo nosso livrinho. Para pertinho. Dessa vez, partimos sem muito planejamento, numa viagem decidida de um dia para o outro. Vamos ficar 4 dias e 5 noites aqui.

Ontem passamos a primeira noite em mi Buenos Aires queridaaaaaa. O voo chegou as 11 da noite, e nos buscaram no aeroporto. Do aeroporto direto para o buteco. Tomamos nosso primeiro porre de cervejas de 1 litro, num botequim velhissimo e cheio onde velhinhos sobem nos bancos para cantar, totalmente unplugged, algumas perolas do cancioneiro portenho. Bom comeco.


Nosso primeiro tango argentino


Mauro no Lo De Roberto


Marga no Lo De Roberto

Estamos muito bem instalados na casa do Mauro. Vamos sair pra conhecer a cidade. Eu vou conhecer, a Carol ja conhece bem. Tchau.