30.9.06

Mexico Reloaded Vol. II

Depois de mais um interminavel dia em estacoes de metro, de trem e em aeroportos, finalmente chegamos na Cidade do Mexico. Ligamos pra Marcela e combinamos de nos encontrar dali a duas horas em casa.

Eh muito engracado, voltar ao Mexico me deu a mesma sensacao de voltar pra casa. Nao estavamos perdidos, nao eramos turistas... pegamos o metro, ja conheciamos as baldeacoes, descemos em San Cosme e fomos andando pra casa. Paramos na esquina pra comprar umas cervejas, que aqui o sol ainda eh generoso e faz um calorzao.

O Gil esta em Vera Cruz, e a Marcela vai pra la se encontrar com ele - e nos vamos junto, eh claro. Eh o comeco da nossa viagem pelo sul do Mexico. Ainda nao temos ideia do que vai acontecer, nada esta planejado e so agora temos um lonelyplanet na mao... (o nosso enviamos por correio para o Brasil quando estavamos em LA - a ideia era nao carregar peso morto)

Na verdade eu adoro isso... viajar sem rumo certo. Eh dificil fazer isso quando voce sonha com uma viagem por tanto tempo, como a nossa volta ao mundo - nesse caso voce compra guias com antecedencia, le tudo o que pode e acaba fechando um roteiro muito certo. Mas tudo pode acontecer, e de fato aconteceu.

Nao temos ideia de como sera o blog agora que vamos pra lugares onde nao temos amigos, onde nao temos uma base. Vamos tentar mante-lo sempre atualizado, mas nao sei se isso eh possivel.

28.9.06

Ultimo dia

Ultimas 24 horas nos Estados Unidos. Ate segunda ordem.
Onde estaremos amanha?

27.9.06

Nova Iorque, 26 de setembro de 2006

Tem dia que voce quer ficar sentado o tempo todo.
No nosso caso, depois de 30 dias de viagem, caminhando pra la e pra ca, tem hora que eh necessario.

Foi isso que fizemos ontem.
Primeiro, sentamos em um cafe "tipo Friends", cheio de sofazinhos e mesinhas de centro, e tomamos um "brunch". A diferenca para o seriado eh que em vez do pessoal ficar conversando e azarando, cada um pega o seu laptop e seu IPod e se isola no seu canto. Se eh pra fazer isso, eu prefiro ficar em casa...

Depois, jah no meio da tarde, fomos para um cafe-restaurante para uma comemoracao vespertina do aniversario da Ege, uma turca gente fina que estuda com a Ana. Como nao conseguimos ir a Turquia, como tinhamos planejado, pelo menos conversamos um monte com uma turca "da gema".


O sol se pos e sentamos num pub para tomar uma saideira de happy hour. Nao era exatamente um sports bar, mas na TV estava passando o Campeonato Mundial de Poquer.






De noitinha, fomos a Chinatown, para tentar comer comida cambodjana, conforme nosso plano de viagem. Sentamos num restaurante chines meio generico, bem do xumbrega, mas ao final comemos sim um prato dito cambodjano.

De volta pra casa, sentamos no sofa e vimos um filme coreano, "Chinjeolhan geumjassi" (ou "Simpathy for Lady Vengeance"). Eh o novo filme do diretor Chan-wook Park, o mesmo do sensacional "Old Boy", e faz parte de uma sequencia de filmes com o mesmo tema: vinganca. Muito bom.

Bem, ficamos o dia inteiro sentados, dai o melhor mesmo foi deitar e dormir...

25.9.06

Netflix

Porque ninguem no Brasil ainda nao teve a brilhante ideia de abrir uma locadora de filmes como a Netflix?
O sistema dessa Netflix eh genial: em vez de voce ter que ir numa locadora toda vez que quer alugar um filme, e ser obrigado a assistir a ele correndo pra devolver no dia seguinte, a Netflix faz diferente. Voce paga uma assinatura mensal, faz uma lista de filmes que voce quer ver no site deles e eles mandam o filme pra sua casa, pelo correio. Depois que voce ve o filme, voce pega o filme, coloca no correio de novo (o envio ja esta pago) e eles em seguida te mandam o novo filme da sua lista.

Nao tem aquela porcaria de pagar multa por entregar o filme nesse ou naquele dia, nem aquela correria de entregar o filme antes da locadora fechar, nao tem aquela onda de ver qual filme tem ou nao tem disponivel, nao tem confusao na sexta feira vespera de feriado, nem tem que ficar meia hora rodando a locadora procurando um bom filme pra assistir. E se voce nao sabe que filme colocar na lista, o site do Netflix te ajuda, indicando filmes que tem a ver com o seu historico de locacoes, e cruzando seus dados com clientes de mesmo perfil.

Aqui na casa do Rodrigo e da Ana, e em um monte de casas americanas, a Netflix eh a locadora da casa, e mesmo as locadoras tradicionais como a Blockbuster ja estao lancando servicos semelhantes, simplesmente para nao afundarem de vez.

Isso ate a hora que ninguem nem mais vai precisar do correio pra assistir filmes novos...

Jogao

Uma pena que nenhum sports bar daqui tenha mostrado esse jogo. Queria ter visto.

Mini volta ao mundo

Ok, nossa viagem de volta ao mundo foi pro saco. Mas eh verdade que em Nova Iorque mesmo da pra visitar um monte de paises sem ter que fazer outra viagem.

Faz um certo sentido Nova Iorque ser a sede das Nacoes Unidas. Nessa cidade, cerca de 40 por cento da populacao eh imigrante de primeira geracao. Tem gente de todo o mundo aqui, de verdade, e muitos desses estrangeiros ja se organizaram em comunidades ha muito tempo. Mas, mesmo aqueles paises que nao tem bairros inteiros de imigrantes estao sempre aparecendo.

Na sexta feira, por exemplo, por pouco nao vimos o show da banda Dengue Fever. Formada em Los Angeles, ela esta fazendo sucesso tocando um pop/rock cantando em... cambojano. O Guilherme, nosso amigo que esta em Los Angeles, viu o show e recomendou. Perdemos esse voo.

Ontem, antes de ir ao cinema, caminhamos por Chinatown, o enorme bairro chines que cresceu e engoliu o antigo bairro italiano, que hoje eh uma pequena regiao chamada Little Italy. Mas eh tempo de festa na Little Italy , pois esta rolando a festa de San Genaro - o patrono de Napoles. No fim, eh uma especie de "Festa da Acherupita de Nova Iorque", com um monte vendendo comida. Nessa festa, a Ana comprou uma bela escultura africana pra sua sala.

Alias, falando em Africa, hoje caminhamos pelo Harlem, o famoso bairro negro de Manhattan. No meio da caminhada, alguns africanos faziam um evento, onde um cara discursava em Frances. Nao descobrimos qual pais ele representava.

Dali, caminhamos pelo Queens, uma regiao enorme, hoje residencial, que eh basicamente ignorada pelos guias culturais, e tambem por boa parte da populacao.




Ali encontramos um amigo romeno do Rodrigo, que nao me recordo o nome. Este romeno, que mora desde crianca em Nova Iorque, nos levou a um belo restaurante... turco.



Ali, comemos uma deliciosa comida turca, enquanto no telao passava noticias diretamente da CNN... de Istambul.


Conclusao: perdemos aquele voo, mas de forma alguma perdemos a viagem.

24.9.06

A ciencia do sono

Ontem foi bem punk. Bebemos um monte de cerveja, gastamos um monte de dinheiro e chegamos bem tarde em casa.

Depois de dormir por quase 12 horas e acordar no meio da tarde, resolvemos ter um dia diferente: calmo, sem alcool e sem gastar dinheiro. Resolvemos entao fazer um programa light - ir ao cinema.

Otimo dia para ir ao cinema. Simplesmente porque esse eh o fim de semana de estreia, aqui nos Estados Unidos, do filme "The Science of Sleep", o novo longa do mestre das imagens Michel Gondry.

Estrelado pelo "gatinho mexicano" Gael Garcia Bernal, o filme eh uma singelissima fabula sobre um garoto atrapalhado que confunde sonho e realidade, e por isso acaba se atrapalhando no seu flerte com a sua vizinha de predio.

O melhor do filme eh justamente esse mundo de sonhos do Gondry: um mundo feito de brinquedos de papelao, algodao, tricot e celofane, que se misturam a realidade atraves de velhas tecnicas de stop motion, retroprojecoes e chroma-keys. Nada de efeitos modernos de computacao grafica: o maravilhoso mundo ludico eh que toma conta da tela. E isso eh lindo.

Quem espera algo forte e explosivo e forte como o engenhoso filme anterior dele, a superproducao "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrancas", com elenco hollywoodiano e tudo mais, pode se decepcionar. Quem gosta de pequenas sutilezas, e de um certo romantismo cinematografico, vai adorar o gostoso clima retro do filme.

Perfeito para outra boa noite de sono.

23.9.06

Sports bar


Americano nao vai pra boteco. O mais proximo disso sao os chamados "sports bars", que sao bares cheios de televisoes, cada uma mostrando um jogo chato (de beisebol, futebol americano, hoquei, rodeio ou qualquer esporte chato desses). O fato eh que nao temos nenhuma vontade de ir pra nenhum sports bar aqui.

Hoje, sexta de noite, iriamos sair com a Dri pra algum lugar, mas ela adoeceu e sumiu. O plano B era ir para um aniversario de uma amiga da Ana, que ia rolar em um.... sports bar! Pior, pra entrar nesse sports bar especifico, tinhamos que pagar uma bela quantia em dolares

Eh claro que nao fomos. Mas eis que a Ana e o Rodrigo tiveram uma ideia genial. Nos levaram para um sports bar diferente. No meio do Greenwich Village (uma especie de vila madalena de manhattan), eles descobriram um bar chamado Fat Cat. A entrada eh gratuita, e no bar, um monte de mesas de sinuca, ping pong, toto (ou pebolim, para os paulistas), xadrez e outros jogos de mesa.

Ali passamos uma otima noite, jogando um monte de jogos e tomando um monte de cerveja, ouvindo um monte de jazz incidental. Muito mais divertido do que assisir a ultima rodada do futebol americano.




22.9.06

Nova Iorque metaleira

Sondre Lerche (feat. Carol Ribas)

Nem sabemos como aconteceu, mas uma vez descobri o som de um garoto noruegues chamado Sondre Lerche, e ele acabou por virar um dos artistas favoritos do casal, com alta rotacao nos nossos laptops e ipods.

Qual foi nossa surpresa quando descobrimos que o moleque tocaria hoje em Nova Iorque? O show aconteceu num estilo "guitarra e voz", sem banda, num lugar todo metido a besta, que fica nas dependencias de um hotel.

Coloco aqui o cara tocando uma musica chamada "Modern Nature", que na verdade eh um dueto com uma garota. Como nao havia banda, e nem a outra cantora, da pra ouvir de fundo a voz da Carol fazendo a voz feminina, da plateia, ao lado da camera.

Dueto inesperado.

Carol Hanks

Mais uma pequena referencia cinematografica...

21.9.06

Nova Iorque, 21 de setembro de 2001 - The Blog Must Go On


Meio da tarde. Esta foto aqui a gente acabou de tirar na Apple Store da 5a Avenida. A foto saiu da camerinha embutida do MacBook que um dia irei comprar. Nao hoje, mas quando voltar do Brasil e estiver trabalhando um monte de novo (tomara).
Pena eu nao conseguir mostrar o quanto a loja esta cheia. Afinal, nao ha nada mais cool do que uma Apple Store: dezenas de computadores Apple, de todos os modelos, prontos pra voce usar de graca. Uma especie de internet cafe gratuito, onde voce pode tranquilamente se viciar nos produtos da apple. Dificil sair daqui sem comprar

O unico efeito colateral eh ter que ficar escutando Jack Johnson o tempo todo nos alto falantes.

Bem, seguimos pela quinta avenida. Ainda tem um monte de lojas famosas pra gente ver.

Ressaca...


Passamos um dia de zumbis, nao acordamos muito cedo, mas nao durmimos o suficiente pra nos recuperarmos da balada no bar da Adriana.

Fomos passear pelo Central Park, que fica a apenas 3 quarteiroes da casa da Ana e do Ro. Alias, eles estao muito bem localizados... Se seguimos pela 5a, so temos que andar mais uns 3 quarteiroes ate chegarmos no Guggenheim e no Metropolitan!!!

De la pegamos vaaaaarios metros ate chegarmos na faculdade da Ana, o Pratt Institute, e a instituicao onde ela trabalha atualmente, o Pratt Center. O instituto e muito legal, de certa forma ate lembra a FAU - tem ate fosso onde fica o auditorio, e varios estudios cheios de maquetes e bgs...

Saimos para almocar num restaurante arabe, que ficou como representante, no nosso tour gastronomico, dos Emirados Arabes Unidos.

De la pegamos um onibus ate a Brooklyn Bridge, mas fizemos antes um pit stop numa praca em homenagem aos combatentes da guerra da Coreia, para tirarmos um cochilinho e tentar nos recuperar um pouco mais da ressacona.

Atravessamos a ponte a pe, o que e um passeio muito legal, com uma vista linda de downtown, onde ficamos passeando pelas horas seguintes... Wall Street e seu o touro... e Ground Zero - e impressionante como ainda nao tem nada pronto do tal memorial que eles vao construir onde antes estavam as torres gemeas, so o buraco.

Entao pegamos outro metro para o Times Square para admirar seus imensos teloes. E muito louco que eles nao me impressionaram muito depois de ter passado por Tokyo. Na verdade Shinjuku e Times Square sao bem diferentes, aqui sao mais teloes, la sao mais letreiros, mas la ganha forca a extensao e o fato de eu nao entender nada do que esta escrito, heheheheheh, fica mais bonito.

Entao fomos para casa, tentar passar uma noite nao-etilica. Enquanto esperavamos a Ana voltar de um Forum com o Hugo Chavez (super cooool, ela voltou impressionadissima com o cara), o George e o Rodrigo assistiram um documentario brasileiro/americano sobre uma banda, Afro Reggae, que era uma bomba ruim de mais, e eu dormi...

20.9.06

Golpe na Tailandia

Cacetada... acabei de ver o comentario do Rogerio de que rolou um golpe militar na Tailandia!!!

I (coracao) NY

Essas sao as primeiras imagens que temos da grande maca...

Passamos as primeiras 24h no apartamento da Ana e do Rodrigo, nos recuperando da loucura que foi chegar ate aqui. Dormimos muuuuuuuito!!! Foi muito bom!!!

Depois de muita insistencia da Ana, resolvemos sair de casa e fomos almocar, la pelas 5 da tarde, num restaurante vietnamita, comecando assim nosso tour gastronomico de todos os paises que deixamos de visitar.

A Ana entao passou o bastao de cicerone para o Rodrigo e fomos caminhando em direcao a Chinatown, onde uma amigona do George, a Adriana, trabalha num bar super descolado. Andamos por tudo quanto e canto, partes onde nem o Ro conhecia direito, nos embrenhando e nos perdendo pelas redondezas da Avenida Houston, que nao sei por que cargas d'agua eles chamam de "Rauston" (acho que e o mesmo caso da Wizard, na Vila Madalena).

Passamos pelo CBGB, que em breve fechara as suas portas, pois ja nao conseguem pagar o aluguel - claro, assim como nos, todos passam por ali, tiram uma foto e vao embora..

Nos emborrachamos no bar da Adriana, que fica no numero 3 da Orchard St., com muita cerveja, e depois voltamos pra casa de metro!!! Muito bom!!! I (coracao) NY!!!

18.9.06

Meia volta, volver

Esse post eh um comunicado meio chato de se fazer. Mas desde o ultimo domingo agora, a nossa viagem de volta ao mundo foi cancelada. A viagem continua, mas de forma diferente do que imaginavamos.

Como assim????????????????? Cancelada??????

Explico.

Estavamos no aeroporto de Narita, no Japao, para pegar nosso voo para Hanoi, no Vietna, que seria nossa proxima parada. O voo seria feito por uma companhia coreana chamada Asiana. Apos apresentarmos nossas passagens, como sempre fizemos, surpreendentemente, fomos avisados de que a companhia Asiana nao aceitaria aquela passagem e que nao poderiamos embarcar.

Por que? Segundo eles, porque a passagem foi emitida pela Varig. Apesar da Varig continuar oficialmente como membro da rede Star Alliance, apesar de ja termos voado por 3 vezes em outras companhias da mesma rede (United Airlines e Lufthansa), com passagens emitidas na mesma situacao, a Asiana alegou que existe uma ordem para que passagens com o codigo da Varig nao sejam endossadas. Ordens de quem, Dorival? Um absurdo, uma sabotagem, um assalto aos nossos direitos, um ataque contra nos, que estavamos do outro lado do mundo, sem o menor resguardo. Um assalto covarde feito por uma rede por 18 companhias aereas do mundo todo, que ali na nossa frente, se comportou como uma quadrilha criminosa.

Imaginem quantos gritos nervosos, choros compulsivos e pedidos desesperados que fizemos para que a gerente da companhia Asiana entendesse. Depois horas de telefonemas para todos os lados (era domingo de tarde no Japao, madrugada de sabado no Brasil, era impossivel se contactar algum responsavel da Varig - se eh que isso fosse adiantar alguma coisa), os japoneses nao mudaram a sua opiniao.

Pior: entraram em contato com a companhia tailandesa que faria as outras viagens na asia e soubemos que ela tambem nao aceitaria as outras passagens mais para adiante. Nao adiantava mais chorar - sudeste asiatico, nem pensar...

O QUE FAZER? Estavamos no Japao, longe da cidade, longe de casa, sem ter pra onde ir...

Numa certa hora, o gerente japones da United Airlines, que acabou tambem entrando no imbroglio, nos ofereceu uma passagem barata, com um desconto especial, para voltarmos para os Estados Unidos. Bem, se nao eh a nossa casa, pelo menos nao eh tao longe. Naquele momento estavamos cancelando oficialmente a nossa tao planejada e sonhada e alardeada viagem de volta ao mundo. O sonho acabou.

Aceitamos. E esse foi so o comeco de um inferno de aeroportos, que durou mais de 2 dias e so acabou hoje. Talvez um dos maiores infernos de minha vida.

VOLTANDO DO JAPAO - A NOVELA


Nao pensem que vamos voltar para o Brasil.
Se nao vamos dar a volta ao mundo, vamos dar voltas por outros lugares. Se a ideia era visitar amigos pelo mundo, vamos visitar amigos que nao vistamos nos Estados Unidos. Pensamos entao em ir para Nova Iorque, que nunca conhecemos, e eh cheio de amigos.

Pegamos esse voo barato da United Airlines, que nos deixaria em Los Angeles, 10 horas depois. Ja comecamos a perder a nocao do tempo, pois cruzamos novamente a linha de mudanca de dia e voltamos para o mesmo dia que todos voces. Saimos do Japao as 4 da tarde do domingo e chegamos nos Estados Unidos as 10 da manha... de domingo.

No aeroporto de Los Angeles, agendamos, com muita dificuldade, um voo barato para Nova Iorque, do outro lado do pais. O voo, como todo voo de companhia barata, faz uma conexao em alguma cidade central do pais. Dessa vez, a cidade foi Atlanta, na Georgia.

Pegamos o voo das 10 da noite. Com novas mudancas de fuso horario, chegamos as 5 da manha em Atlanta. O novo voo para Nova Iorque so iria sair... ao meio dia. Por isso, tivemos a oportunidade de passar uma estranha manha em Atlanta, cidade estranha pra caramba. 3 dias sem dormir direito, e caminhando no sol de uma cidade que nao tem NADA...

Bem, ao meio dia pegamos nosso voo pra Nova Iorque. E ja fomos recebidos pela Ana Paula Barreto, mais uma colega de faculdade da Carol. E que vai nos hospedar nessa nova loucura de viagem.

Chegamos.

Resumo da opera: a volta ao mundo foi cancelada, voltamos pros estados unidos na promocao, e 2 dias depois acabamos em Nova Iorque. Vamos ficar uma semana por aqui, e depois vamos seguir de viagem para....

... quem sabe?

P.S.: Amigos e familias, nao se preocupem. Eh claro que estamos muito tristes por nao termos ido pro sudeste asiatico, e por todo o resto da viagem. Mas agora, que estamos bem instalados, e seguros, e vamos curtir essa nova viagem. Vamos brigar o quanto precisarmos para conseguir nossa grana de volta (fiz um contato inicial no escritorio americano da Varig e parece que nao vai ser tao impossivel), e o resto, acreditem, sera otimo. O blog continua, infelizmente sem chegar a tantos cafundos do mundo, mas tudo bem. So preciso dormir um pouco pra tudo ficar bem.

16.9.06

Saideira

Sao 9 e 30 da manha agora. Em meia hora saimos para pegar 3 linhas de trem ate o aeroporto.

A saideira foi sensacional. Primeiro, demos uma volta de carro por uma freeway. Por ela ser mais alta (uma especie de minhocao que funciona), pudemos ter maravilhosas visoes noturnas da cidade, inclusive do mar. Emocionante.

Depois, festa. Um coletivo de arte chamado Mixrooficce (o logo parodia a Microsoft), transformou o atelier em um pequeno club, onde ouvimos um pouco de musica eletronica made in japan. Chegamos em casa as 5 da manha. Gran finale.

So uma pequena nota. Ontem, na pressa, ainda em Kyoto, becapeei as quase 5000 fotos que tirei no japao, e na correria nao tive tempo de seleciona-las para posta-las aqui. Fico devendo por agora, mas saibam que no brasil os amigos terao oportunidade de ver umas imagens e umas animacoes beeeeeeeeeeem legais. Tchau gente e ate o proximo pais.

Japao ao final


Daqui umas 20 horas, ja nao estaremos no Japao. Uma pena. Lugar maravilhoso. Gente muito boa, sempre atenciosa, honesta, de boa indole, sempre querendo ajudar, sempre rindo. Lugares lindos, tanto os tradicionais quanto os lugares "pop". Grandes amigos, gente que vamos sentir saudade. (To ficando muito brega-emotivo de novo?????) Comida deliciosa, cidades que funcionam, coisas organizadas...
Nao sei quando conseguiremos voltar, eh muito dificil. Mas que todo mundo deveria conhecer esse pais, isso eh a pura verdade.

Proxima parada? Nem te conto...

Toquio, 16 de setembro de 2006


Voltamos hoje a Toquio. Mas nao sem antes fazer um ultimo passeio matutino por Kyoto, numa visita guiada a um belissimo jardim erguido por um imperador japones nas montanhas da cidade no seculo 17, a Shugakuin Imperial Villa.

Pegamos nosso Shinkansen de volta a monumental Tokyo Station. Dali caminhamos pela redondeza e acabamos chgando a Genza, uma especie de Shinjuku chique.

Genza eh um centro economico onde fica a sede da maioria das grandes empresas japonesas. Perto de um centro economico forte, o comercio de Ginza tambem cresceu, e a avenida principal se povoou com enormes lojas chiques, como Prada, Guccy, Bvlgari e afins. Os letreiros de neon ja nao falam de Pachinkos, mas sao propagandas das grandes corporacoes. A loja da Sony, que tem sua sede por ali, tem 4 andares so de showroom, onde vimos um monte de demonstracoes impressionantes de novos produtos.

O mais legal foi que, no sabado, eles fecham a avenida principal, e ela fica tomada por pessoas caminhando e comprando nas lojas. Muito gostoso.

Dali, voltemos para nos despedir de Shinjuku, meu lugar preferido. Ali entramos numa pequena ruelinha cheia de pequenos butequinhos, todos vendendo um espetinho japones, bom e barato.


Voltamos a casa de Akiko San. Eh sabado a noite vamos pra noite, a noite de despedida do Japao.

Tchau japao!

Suntory Time

O Bill Murray do momento aqui no Japao eh o Tommy Lee Jones. Sim, ele eh o atual garoto propaganda da Suntory, gigante de bebidas diversas (alcoolicas e nao-alcoolicas) que briga pela lideranca do mercado com a Kirin. Por toda a cidade, na rua, em diversas maquinas de vender bebidas, la esta Tommy Lee Jones, com cara de "Roger Moore", vendendo um produto chamado "Boss", que eh o cafe gelado de latinha da Suntory.
Ele tambem esta num comercial de TV, no alto de uma montanha, no pior estilo "venha para o mundo de Marlboro"

Da pra ter uma ideia de como eh a coisa aqui

15.9.06

Tour de Kyoto

Linda cidade. Por vezes, me pareceu uma bela cidade europeia, como Amsterdam ou Vienna. Por que? Primeiro, pela tranquilidade. Gente tranquila, que vive bem, com grande qualidade de vida. Depois, pelo rio. Com um grande rio cortando a cidade, o Kamo, e varios outros pequeninos corregos que caem nele, o rio eh a referencia para tudo. E sua margens sao um otimo lugar para namorados, piqueniques, luaus, e para andar de bicicleta. A bicicleta foi a outra coisa que me lembrou Amsterdam...

Com nao muito mais que 1 milhao de habitantes, Kyoto tambem carrega uma otima relacao entre historia e modernidade. Antiga capital do Japao - era a sede do imperio ate o seculo 18, se nao me engano - ela eh cheia de belissimos templos budistas, e de um grande jardim imperial, a cidade vive plenamente o crescimento economico, com grandes industrias, e avenidas modernas. Um lugar onde meninas que quimono caminham lado a lado com jovens de cabelos pindado e visual mod rocker. Tudo convivendo harmoniosamente.

Kyoto tambem eh um grande centro de artes e de ciencias. A universidade tem uma grande colecao de premios nobel, em diversas areas, e as escolas de artes sao conhecidissimas como centro de ebulicao cultural, aproveitando-se do gigantesco patrimonio historico da cidade.

Kyoto eh um otimo lugar para se passar um dia como o que passamos. Andando de biclicleta, conhecendo os templos, as ruas, descansando na beira do rio.

Kyoto, 16 de setembro de 2006

Sao 7 e 40 da manha agora. As 8 saimos do hotel para um programa que na verdade nem sei qual e. Nao tenho muito tempo pra escrever sobre ontem.

Aqui em Kyoto, a nossa anfitria eh a Deinha, a Andrea Urushima, uma brasileira filha de japones com espanhol que estudou arquitetura com a Carol, e que ha 4 anos veio fazer novos estudos aqui em Kyoto. Aqui, conheceu um frances, o Benoit e com ele teve uma linda filhinha, a Hanae, uma linda loirinha de cabelos encaracolados que esta comecando a aprender a falar... japones.

Anteontem, no fim de tarde encontramos com o casal e passamos a noite jantando e conversando perto da casa deles. Dai eles nos emprestaram 2 bicicletas, que eh basicamente o melhor meio de transporte da cidade, e veiculo no qual passamos sentados praticamente todo o dia de ontem.

Ontem saimos de casa por volta de 9 horas. Chegamos no hotel de volta a meia-noite, sempre com a bicicleta. Cansamos muuuuuuuuuuito. Mas foi legal, porque deu pra ver bastante coisa durante o dia.

De noite, fomos pra uma festa de aniversario de colegas de universidade da Deinha. O aniversario era da Tina, uma bulgara, que cozinhou comidas bulgaras bem interessantes. Mas ali tambem tinham holandeses, australianas, um chileno, uma moca da Indonesia... Globalizacao eh isso.

Hoje voltamos pra Toquio. E tem festa de despedida de noite.

14.9.06

Kyoto, 15 de setembro de 2006

Acabamos de chegar em Kyoto. Estamos num hotel com internet de graca, mas nao consigo colocar fotos.

Sei que 1 foto vale por mil palavras. Como nao posso postar fotos, resolvi escrever as 1000 palavras pra quem tiver saco. Nos varios posts abaixo, abri a matraca mesmo...

Amanha, ou depois, escrevemos de Kyoto, e do que nao falamos de Tokyo.

Beijos e abracos a todos que estao nos acompanhando. E desculpem pelo furo de nao blogar ontem. Go men na sai!

Tokyo Chuo Oroshiuri Ichiba

Ja falamos que adoramos ir para os mercados das cidades.

Hoje fomos para o mercado de peixes de Toquio. Nao eh brincadeira.Basicamente, 90% dos peixes consumidos na capital sao comercializados nesse mercado. Eh um galpao absurdo, com todos os tipos de peixes sendo vendidos de todas as formas possiveis - mortos, vivos, congelados, grandes, pequenos, embalados, em caixas, cortados, inteiros.

Segundo consta, o legal mesmo eh visitar o mercado la pelas 6, 7 da manha, onde os vendedores transformam o lugar numa especie de bolsa de valores de peixes, ganhando no grito a venda para os compradores de todos os restauntes da cidade.

Chegamos la quase as 9 da manha, e o burburinho maior ja tinha passado ha tempos. O que se via era os empacotadores levando caixas e caixas para fora em carrinhos especiais para isso.

Infelizmente, a passagem foi rapida, por que tinhamos que ir para a Tokyo Station pegar o nosso Shinkansen (trem-bala) para Kyoto.

You are what you eat

Comemos muito bem no Mexico. Mas nos Estados Unidos foi justamente o oposto. O mundo mega junk food industrial americano me fez muito mal, de verdade.

Que bom eh vir pra ca pro Japao e praticamente nao ter a opcao de comer mal. Desde os cafes da manha que a Akiko e o Ichi prepararam pra gente, com saladas, sopas e molhinhos, a o que comemos na rua, quase que aleatoriamente, apontando a vitrine para as garconetes, e as nossas saidas noturnas, em pequenos e simpaticos restaurantes, sempre ciceroneadas pelo casal.

O bom eh que estamos comendo a comida japonesa completamente diferente das que comemos no Brasil. E quem imagina que a comida japonesa fica so naqueles combinados na tabua esta bem enganado. Nao vou saber dizer o nome de nada, mas ja comemos muitos pratos com ovo, com porco, frango, e legumes que nunca ouvi falar. Mas tambem nos peixes nao estamos mal, e estao nos apresentando bichinhos gostosos que nunca tinha comido.

Nao sabemos todos os nomes, mas estamos religiosamente tirando fotos de todos os pratos que comemos, vou mostra-las assim que possivel. E talvez a Carol, que eh a chef oficial do casal, explique a todos melhor a nossa experiencia gastronomica japonesa.

Akihabara

Voce tem a exata nocao do poderio dos japoneses no que se refere a produtos eletronicos quando caminha por Akihabara.
Imagine 10% de todos o comercio de produtos eletronicos do Japao passa por esta regiao, tambem conhecida como "Eletric City". Eh um mundo de mega-stores, mega mesmo, que vendem qualquer coisa tenha eletricidade envolvida.
Alem dessas lojas, que ocupam predios inteiros, existem tambem as pequenas lojinhas, quase camelos, e por vezes tudo parece a Sta Ifigenia la de Sao Paulo, so que mais caro...

Entramos em 2 dessas mega-mega stores, e nela passamos boas horas olhando de tudo (e nao comprando nada, por que eh caro)

Voces se impressionam com a FNac de Sao Paulo? Vao pra europa e ficam babando na Virgin Megastore e na Tower Records? Eh por que voces nao foram mega-stores como a Yodobashi-Akiba. Sao como Godzillas das lojas de departamento, e o pior, nao estou exagerando.

Essa Yodobashi-Akiba, por exemplo, eh tao grande, tao grande, e tem tanta coisa, que so o mapa da entrada da uma ideia do monstro.

Yodobashi-Akiba
Subsolo 1 - Motos
Subsolo 2 a 6 - Carros
1o andar - Computadores e celulares
2o andar - Perifericos e softwares
3o andar - Cameras, relogios e "personal care"
4o andar - Audio e video
5o andar - Eletrodomesticos
6o andar - Jogos, brinquedos, instrumentos musicais, CD/DVDs, bicicletas
7o andar - Tower records (mais CDs e DVDs), Livros
8o andar - Restaurantes
9o andar - Golf

Pena eu ser pobre e so poder ficar olhando...

Cegos felizes

Sem querer fazer piada com o olhinho fechadinho dos orientais... mas uma das coisas mais impressionantes no Japao eh como a cidade trata bem os deficientes.

Em praticamente todas as ruas principais, e dentro dos metros, o chao tem caminhos especiais para cegos, feitos com um tipo de piso onde se percebe pelo tato quando um cruzamento esta chegando. TODOS os cruzamentos, sem excecao, sao rebaixados para que ninguem tropece (cegos, cadeirantes, e quem anda de bicicleta...).

Os cruzamentos, com faixas de pedestres enormes, tem caixas de som que emitem discretos sinais sonoros quando o sinal esta verde para o pedestre. E ninguem precisa correr na faixa de pedestre, porque o tempo de sinal verde eh de pelo menos 30 segundos, e o aviso de fim de periodo tarda muito mais do que somos acostumados no Brasil. Avisos sonoros, alias, eh o que nao falta - em escadas rolantes, na viagem de metro, dificil voce tomar um caminho errado por aqui.

Deficientes do mundo, venham para o Japao. Aqui sim, voces sao bem tratados.

Precos

Diziam que o Japao eh caro, muito caro.

Eh mesmo.

Olha so.

Lata de cerveja (na loja de conveniencia) = 7 reais
Chopp (no boteco debaixo da ponte) = 10 reais
Agua 500 ml = 4 reais
Cafezinho = 6 reais
Telefonema simples no orelhao = 2 reais
Estacionamento perto do metro = 30 reais/hora
30 minutos de karaoke, por pessoa = 10 reais

Isso porque estamos andando pelas regioes centrais, longe dos estabelecimentos chiques, onde os precos sao beeeeeeem maiores.

Shinjuku

Em Belo Horizonte, minha cidade, adorava passar pela Praca Sete, o encontro das duas principais avenidas da cidade, com milhares de pessoas passando a todo o tempo por todos os lados.

Engracado eh ver que, assim como BH, cada metropole tem o seu hub, o ponto onde o acumulo de pessoas, carros, predios, lojas, luzes e publicidade eh superlativo e forma uma paisagem onde a beleza surge do excesso.

Mas tenho a impressao que nada no mundo se compara as redondezas de Shinjuku. Eh paraiso dos anuncios em neon, das pessoas correndo nas faixas de pedestre, das lojas abertas noite adentro. Grandes centros de pachinko (o popular joguinho eletronico das bolinhas) e slot machines, karaokes , peep shows... e muitos japoneses com pressa.

Que me perdoe a Praca Sete, a Avenida Paulista, a Times Square de Nova Iorque, a Picadilly Circus de Londres... mas Shinjuku, em Toquio, eh pra mim o lugar mais bonito de uma metropole do mundo. . Ponto.

Correndo

Seria muita pretensao de nossa parte imaginar que conheceriamos a fundo megalopoles como Cidade do Mexico e Los Angeles em uma semana somente. Todas merecem anos para serem conhecidas como se deve.
No caso de Toquio, que eh basicamente a maior cidade desenvolvida do mundo, essa tarefa se tornou uma missao impossivel.
Primeiro porque passaremos menos de uma semana aqui (Vamos a Kyoto tambem), e segundo porque perdemos 1 dia da estadia aqui, como expliquei logo abaixo.

No final, a viagem por Toquio durara somente 4 noites, 3 dias completos e uma manha. Nao da nem pra fazer cosquinha nas principais partes da cidade.

Por isso, estamos fazendo um grande esforco para conhecer o maximos de lugares em menos tempo, mas ainda sem querer fazer uma visita superficial, tipo aquelas de grupos de velhinhos em onibus "sightseeing". Nao.

Estamos caminhando muito. Cerca de 8 horas por dia. Caminhamos ate os pes doerem - mas o deleite de passar por lugares impressionantes e belos de alguma forma alivia a nossa dor. Vale a pena.

De noite, temos a companhia e a ajuda da simpatississima anfitria Akiko Majima, japonesa que estudou cinema em Cuba com a Camilla (irma da Carol, pra quem nao conhece) e fala um espanhol bem melhor do que o meu. De noite, nos, Akiko e seu dignissimo Ichi saimos por lugares onde os guias nao nos levariam, como a pequenos restaurantes de bairro e, claro, para o karaoke que voces ja viram.

Por isso, nesses 3 ultimos dias visitamos uma admiravel lista de regioes da cidade, sempre com longas caminhadas pelas redondezas e entradas em estabelecimentos mais do que absurdos.

Fotos? Ja devo ter tirado milhares. Aos poucos voces verao algumas.

Como perdemos um dia de nossa vida

A primeira surpresa de nossa viagem ao Japao aconteceu antes mesmo de chegar. Estavamos no aviao, saindo de Honolulu, num voo da United Airlines. Saimos no domingo, as 10 da manha.

Com cerca de 1 hora de viagem, o piloto abriu o microfone e falou

"Peco a todos um minuto de silencio em homenagem aos nossos companheiros da United Airlines e aos passageiros que morreram em 11 de setembro, ha exatamente 5 anos atras"


Perai... mas ainda e 10 de setembro, nao? Naaaaaaao!!!!! Naquele momento tinhamos cruzado a faixa da terra que delimita imaginariamente a mudanca dos dias. De repente, sem mais nem menos, pulamos 24 horas no tempo e estavamos na segunda feira, dia 11 de setembro de 2006, as 11 da manha...

O ruim de tudo isso e que perdemos 1 dia de estadia no Japao por nao pensar nisso. Ja tentamos ate mudar a data de saida, mas nao vai dar muito pe...

Mas tudo bem, estamos 24 horas adiantados no tempo, e temos que tentar tirar proveito disso...

Recuperando a fala

Pouco a pouco vou recuperando a fala. Dificil para mim mesmo acreditar que estou aqui no Japao. Drimcamtru.

Quer saber? Agora vou falar tudo o que deixei de falar esses dias...

12.9.06

Toquio, Amanha.

Sim, estamos no futuro, e nao so porque essa cidade e high-tech. Aqui ja e dia 13 e no Brasil ainda e dia 12, mas ainda nao desobrimos os numero do proximo concurso da mega-sena.

Ontem passamos o dia em Shinjuku e em Akihabara, dois cartoes postais da cidade.

Ja de dia tudo nos impressionava e riamos o tempo todo, quase nao acreditando que realmente estamos aqui. Percorremos as grandes avenidas, mas o mais divertido e caminhar pelas pequenas ruas, todas tomadas por pedestres - os carros quase nao aparecem por aqui. O que diferencia a calcada da rua e apenas uma faixa branca pintada no chao. So nas ruas maiores e nas avenidas e que existem calcadas como as nossas.

No meio de todo esse burburinho encontramos uma especie de jardim. Entre os fundos de varios predios, um caminho de pedestres cheio de arvores e arbustos. Nada muito rebuscado, nao era aquele jardim japones como imaginamos, apenas uma passagem...

Passamos por milhares e milhares de casas de pachinko, uma mania na cidade, junto com caca-niqueis.

A noite nos encontramos com a Akiko e com o Ishii para jantar, e acabamos a noite num clima de Lost in Translation, cantando num Karaoke com vista para Shinjuku!!!

Super Metro

Meu Deus!!! Essa cidade e uma loucura, nem sei bem por onde comecar... por isso pensei no metro, que e uma grande referencia quando se pensa em Tokyo.

Realmente o sistema e impressionante, mas o guia que trouxemos para a viagem (Fodors) nao informa um monte de coisas, que ajudaria muito a nossa compreensao. Entao deixo aqui as informacoes que teriam nos ajudado desde o comeco.

Como eu disse, e um sistema - sao varias redes interligadas, e nao uma unica. O chato e que voce tem que pagar cada vez que troca de rede: Tokyo Metro, Toei Subway, JR, e trem. Quando voce pensa num itinerario e bom pensar se tem que trocar de rede ou nao, para economizar, ja que e bem caro. Ainda nao descobri como se paga para baldear de rede, ou se isso e possivel.

Claro que os moradores usam um passe mensal, entao nao tem muito esse problema. E tambem existe um passe diario, para usar o Tokyo Metro e o Toei Subway, que custa 1000 ienes por dia (120 ienes = 1 dolar).

Outra coisa e que aqui se paga pelo percurso, como tambem ocorre em outros metros, como o de Londres, as distancias maiores custam mais. Um grande mapa, acima das bilheterias eletronicas, informa os valores.

Todas as estacoes, alem de serem identificadas por seu nome, tambem sao identificadas por uma letra (que e a linha) e um numero, p.ex. M18, S03, Z12, etc. Isso facilita muito na hora de descobrir para que lado voce tem que ir. Se o guia informasse esse numero, alem do nome da estacao, seria muito mais facil de localizar um lugar.

Aquela historia dos guardinhas usarem luvas brancas e real mesmo. So que nunca vimos eles "enlatarem" as pessoas dentro de um vagao. Pegamos metro cheio, mas nao tanto assim...

Lost In Tokyo


Pegaram a referencia?

10.9.06

Honolulu, 10 de Setembro de 2006


Foi uma pena ficarmos so um dia aqui. Tinhamos certeza de que nosso voo de LA era as 7 da manha, mas na verdade era da noite...

A praia e absolutamente maravilhosa, e relativamente vazia. Claro que isso so acontece porque o verao terminou pros americanos na labour day, entao diminuiu um pouco o fluxo de turistas para ca.

So consigo imaginar como sao as praias do outro lado da ilha, longe do grande centro urbano que e Honolulu... Mas fico pensando se e possivel viajar aqui sem fazer "turismo". Muitas partes da cidade parecem um parque de diversoes, falsas, tudo esta feito para ser "consumido" de uma determinada maneira...

Honolulu, 09 de setembro de 2006


Aloha!
Estamos no Hawaii. Mais precisamente na ilha de Oa'hu, onde fica Honolulu, a principal cidade do arquipelago. Isssaaaa!!!!
Ontem pegamos o nosso voo de Los Angeles quase as 8 da noite. Voamos 5 horas e chegamos as.... 10 da noite em Honolulu. Isso, ganhamos mais 3 horas de vida, e ja estamos umas 7 ou 8 horas mais jovens do que se estivessemos no Brasil.

Nos Estados Unidos, estamos em contagem regressiva para o quinto aniversario dos atentados do 11 de setembro. Revistas, TV, so se fala nisso. No aeroporto, ALERTA LARANJA, e todo mundo tem que tirar os sapatos. Uma equipe do exercito analisa bagagens de mao maiores.

Falando em militares, estamos na ilha onde esta Pearl Harbor, base naval atacadada pelos japoneses na segunda guerra. E o fato eh que os japoneses invadiram novamente o Havai, e dessa vez deu certo. Acho que quase metade dos turistas que aqui estao sao japoneses, e a cidade hoje eh praticamente trilingue: fala o aloha Havaiano, o ingles, e o japones. Toda loja que se preze aqui tem informacoes em ingles e japones. Jornais locais, canais de TV, todos tem sua versao japonesa, e um ja um comercio exclusivo para eles. Uma introducao para o que vamos ver a partir de amanha, na nossa nova fase da viagem.

Por uma distracao nossa, acabamos ficando no Havai menos tempo do que pretendiamos. Chegamos ontem de noite, e vamos embora amanha de manha, e os nossos 2 dias de descanso se reduziram a somente 1 dia completo.

Mas aproveitamos o dia de monte. Pegamos nossas sandalias (havaianas, claro) e passamos o dia na praia de Waikiki, junto com a japonesada. Lindissima praia. Coqueiros, agua DELICIOSA, recifes quebrando as ondas. Nao eh mais bonita nem mais feia do que nenhuma boa praia brasileira, mas com umas pequenas diferencas - a favor e contra.

* A praia era propria para banho. Nao havia nenhum esgoto por perto, e nao encontramos nenhum lixo boiando na agua.

* Nao ficamos preocupados com assaltos, ou arrastoes.

* Nao podiamos tomar uma cervejinha na areia, proibido. Sol, praia... e sem cerveja!

A noite, seguimos como turistas tradicionais.
Pagamos uma grana extremamente turistica para ver o principal show turistico da noite Havaiana - um Lu'au.
Sim, na beira de uma praia mais afastada, um monte de musica, bebida, e comida, mostrando o melhor da cultura tradicional Havaiana. Comida a vontade, direito a alguns drinks... Mas esquecemos de um detalhe: era um show turistico.

Animador no onibus, familias. Um show de coreografias absolutamente americanoide, um simulacro hollywoodiano da cultura havaiana. A comida parecia a de um bandeijao. As bebidas eram doces e diluidas, e vinham em um copo de plastico. Algo equivalente a ir no Rio de Janeiro e ver um show de mulatas. Por vezes parecia que a gente estava num daqueles cruzeiros maritimos, e o tema do show de hoje era o Havai.

Mas no final, nos divertimos sim. Aproveitamos bem o nosso unico dia havaiano. Praia, luau, show americano.



E vamos para a nossa nova etapa. Asia. Goodbye America! Konichiwa Japao!

8.9.06

Verdadeiros Homens Geniais



"Real Men of Genius" eh uma das campanhas publicitarias mais engracadas do mundo. Ha uns 4 anos que a Budweiser homenageia, no radio e na TV, personagens improvaveis, como o "Estilista de Roupas de Roupa Livre" ("Mr. Pro Wrestling Wardrobe Designer"), o "O Inventor do Salsichao Gigante" ("Mr. Foot Long Hot Dog Inventor"), o "O peidorreiro anonimo" (Mr. Silent Killer Gas Passer"), o "Cara que danca muito muito muito mal" ("Mr. Really Really Really Bad Dancer")

O bom foi saber que a campanha continua. Um brinde aos caras que inventaram isso, que eles sao de fato "real men of geniuuuus"

Los Angeles, 08 de setembro de 2006


Ja estamos arrumando as coisas para irmos pro Hawai. Nao vou sentir falta desta cidade, mas muita saudade das pessoas que deixamos aqui, especialmente da Helo e do Gaio, que nao viamos ha tanto tempo e sabe-se la quando passam pelo Brasil outra vez...

Mais uma vez estou triste. Acho que essa tristeza da partida so vai passar quando estivermos no sudeste asiatico, sem amigos, sem pessoas queridas...

Bem, contando um pouco da viagem, ontem estivemos no Getty, um centro cultural espetacular. Deixo minhas dicas para quem vier pra ca no futuro: traga um agasalho, apesar do sol escaldante venta bastante no alto do morro onde esta o Getty. Faca um pique-nique, existem milhares de mesinhas e cadeiras em lugares maravilhosos, com vistas espetaculares da cidade (apesar do smog assustador incluido). Traga um livro, o lugar e pra ficar curtindo, sem pressa, nao e so pra ficar andando loucamente pelo museu.

De la fomos pra cidade, comer, ir na apple store checar emails e nos encontramos com o Gui para assistirmos o novo filme do Woody Allen, tambem filmado em Londres, Sccop. Muuuuito bom!!!

7.9.06

Los Angeles, 07 de setembro de 2006

E... definitivamente nao gostei de LA. Tudo e muito impressionante e tal, mas a cidade e fria (apesar do calor da California).

E muito louco nao ver pessoas andando pelas ruas, ruas desertas no centro da cidade, freeways lotadas com carros de motoristas solitarios, carros estacionados em todas as vagas de uma rua, embora todas as casas e predios tenham estacionamento.

Acho que existem mais carros do que pessoas em LA. E uma boa estatistica, vou procurar confirmacao... Se alguem descobrir, let me know...

E essa historia de nao poder beber na rua e todos os bares fecharem cedo... isso tambem acontecia no Mexico, mas mesmo assim la encontravamos lugares interessantes e nos divertiamos.

Definitivamente, eu nao gostei de LA.

Pequena lista de coisas estranhas sobre Los Angeles e os Estados Unidos

* 90 por cento dos bares fecham antes da meia noite. Uma pequena parte tem autorizacao para funionar ate as 2 da manha. Depois disso, acabou a noite. que saco.

* Nao encontramos nenhuma celebridade. Mas ja vimos uma porcao de loucos de meia idade circulando pelas ruas, cantando, falando sozinhos. Ha uma teoria de que muitos deles sao pessoas que dedicaram suas vidas a tentativa de fazer sucesso, e fracassaram. Nao deve ser facil ser loser nessa cidade.
* A mania de grandeza do americano esta em todos os lugares. Nos pratos de comida, nos carros SUV com rodas levantadas, nas ruas de 25 milhas, nas embalagens tamanho familia.

* Uma coisa muito bizarra daqui eh a publicidade radiofonica. Nao que ela seja boa ou ruim. O engracado eh as mensagens de aviso que os anunciantes sao obrigados a colocar nos spots, por lei. No estilo que existe no brasil os "Se os sintomas persistirem, um medico devera ser consultado" dos anuncios medicos. Certos tipos de anuncio, como os de venda de carro, ou de companhias de seguro. tem avisos juridicos quilometricos. Por isso, ao final do anuncio, os locutores falam esse texto chato o mais rapido possivel, como narradores de futebol de radio AM. O engracado eh quando esse texto nao acaba nunca, e eles ficam por 15, 20 segundo falando um texto juridico como uma metralhadora de silabas.
Anda famoso por aqui um anuncio de TV do Viagra, onde um medico ao final tem que falar sorridente coisas como "Certifique-se que voce tem condicoes fisicas para fazer sexo", e "se a sua erecao durar mais do que 6 horas, consulte novamente o seu medico"

* Que ninguem comia bem aqui a gente ja sabia. Que ha uma epidemia de obesidade a gente tambem ja sabia. Mas eh assustador ver tudo com os proprios olhos. A comida fast-food eh concorrida porque eh muito barata, e oferece uma absurda quantidade de comida (e de calorias, e de gordura). Dizem que Los Angeles, pelo fato de todo mundo viver da sua imagem, tem um indice menor de obesidade. Mas ainda assim, os gordos que nao cabem nos seus assentos sao vistos a todo momento. Triste.

Los Angeles e os carros

Passamos a maior parte dos nossos ultimos dias dentro do carro. E entre tantas idas e vindas, podemos afirmar que Los Angeles e uma cidade feita para carros. Na terra dos carros SUVs e das mega caminhonetes, eh impressionante como a cidade foi totalmente estruturada para os monstros de quatro rodas. As ruas sao quarteiroes quase sempre bem retos, organizadissimas, entrecortadas por avenidas espacosas que seguem por milhas e milhas costurando toda a cidade, e pelas famosas freeways, largas vias de transito rapido que perpassam toda a cidade e levam ate os municipios mais distantes. Algo como as marginais de Sao Paulo, so que muito bem feitas e em numero beeeem maior. Eh algo absolutamente impressionante.

Mas como isso tudo funciona? Por uma simples palavra: disciplina. Toda essa organizacao hierarquica das vias eh mantida por uma enorme disciplina dos condutores no transito. Enquanto nas freeways o transito flui rapidamente com limites altos de velocidade (entre 65 e 85 milhas por hora), nas ruas normais o limite e baixissimo, chegando a parcas 25 milhas por hora. Por isso, o transito naturalmente se concentra nas vias principais e esvazia as ruas menores. Assim, ruas nos bairros mais badalados da cidade podem parecer vilas interioranas, tamanha a tranquilidade, com poucos carros andando beeeem devagarzinho.

Isso tem pros e contras. Se por um lado podemos atravessar a cidade em minutos, e manter a tranquilidade nas zonas residenciais, a concentracao das freeways gera algo que a gente conhece muito - engarrafamentos. Isso acontece principalmente nas saidas da cidade, com o pessoal saindo do trabalho em direcao as suas tranquilas casas afastadas. Como a casa da nossa querida Heloisa que nos hospeda agora, a pouco mais de uma hora da cidade e tranquila como o interior de Minas.

O transito tem outras peculiaridades bem interessantes, que poderiam muito bem ser seguidas pelos brasileiros, e principalmente os paulistanos.

* Aqui o pedestre eh rei. Em toda a cidade, existem linhas sinalizadas no cheo e com luminosos onde esta escrito "PED XING". Ped Xing? "Isso eh chines?" perguntou a Carol logo no primeiro dia. Naao. Eh uma abreviatura criativa de "Pedestrians Crossing", uma faixa de pedestre que nao depende dos sinais vermelhos dos cruzamentos. Se o pedestre coloca o pe ali, o motorista tem que parar, e esperar ele passar sem chiar. Nem tente intimidar um pedestre - se ele esta atravessando a rua no lugar certo, ele eh o dono da rua, e fim de papo. Mas, ao mesmo tempo, um pedestre que atravessa a rua fora da faixa tambem pode tranquilamente tomar uma advertencia de um policial. Regras claras e seguidas militarmente por todos.

* Carro cheio tem preferencia.. Nas highways, que constantemente ficam engarrafadas, existe uma faixa chamada "car pool". Ela eh exclusiva para carros com 2 ou mais passageiros. Imagino que ela foi criada para fazer com que as pessoas se ornagizassem em grupos de carona, e diminuissem o numero de carros na rua. Mas a pratica eh que a car pool e um grande corta engarrafamento para os pouquissimos carros cheios - a faixa fica sempre vazia pelo fato de 90 por cento dos carros da cidade estarem somente com 1 condutor. Chega a ser uma triste metafora olhar para um engarrafamento de motoristas solitarios e uma pista livre para as raras pessoas que conseguem ter uma simples companhia no banco da direita.

* "Baianadas" institucionalizadas. Nas avenidas com semaforos, voce pode furar o sinal vermelho, desde que voce esteja na faixa da direita, nao tenha nenhum pedestre nas faixas e voce queira entrar na rua da direita. Ja para convergir a esquerda, uma velha baianada eh autorizada, inclusive com indicacao de faixas. Voce vai para o meio do cruzamento, espera os carros da contramao passarem, o sinal ficar amarelo e zaz! entre a esquerda antes que o teu sinal fique vermelho e os carros do outro cruzamento cheguem. O pior de tudo e que isso funciona. A disciplina existe ate nas conversoes estranhas.


Uma pena que a cidade seja tao arredia ao transporte publico, com um metro minimo e um bondinho alegorico, que nao servem pra quase nada. Mas, a organizacao que a cidade fez para essa famigerada maquina chamada automovel eh algo que chega a ser assustador.

5.9.06

Los Angeles, 5 de setembro de 2005



Oh my God. Entramos na America. And God really blessed America.
Minha primeira vez aqui. Impressionante.

Confesso que senti o choque. Nao so por estar nos Estados Unidos da America, mas por ter parado em Los Angeles, California. Terra de ostentacao pura, de gente muito rica e de gente que quer ser muito rica. Uma cidade onde todos os lugares ja foram cenario de algum filme famoso.



Alugamos um carro. E ca estamos, entre freeways, boulevards e avenidas. Melrose Place, Rodeo Drive, Sunset Boulevard, Route 66. Qualquer rua aqui e conhecida, em musica, em filme.

Domingo, andamos por Hollywood, no turismo basicoo - calcada da fama, Kodak Theater, Chinese Theater, Capitol Records, etc. Fomos ciceroneados pelo meu amigo de Belo Horizonte, o Gaba, musico, que por hora esta ilegalmente trabalhando de manobrista de um hotel.



Comemos um hamburger gigante e quase passamos mal. Fomos pra praia em Santa Monica.



Encontramos com o nosso amigo de Sao Paulo, o Guilherme, que esta legalmente trabalhando como designer num mega lugar bacana, a Motion Theory .

Nessa onda passamos pelo primeiro drastico choque cultura. Nos Estados Unidos, NAO EXISTE BOTECO! Nem pense em querer tomar uma cervejinha ali na esquina. Nao tem. Se voce nao conhece um bom lugar onde se pode tomar uma cerveja, nao saia pela rua procurando sem saber. So conseguimos tomar uma misera garrafinha em uma lanchonete. Ah, e meia noite ja esta quase tudo fechado. Um ou outro lugar tem permissao pra ficar ate as 2h. E acabou, tchau.

Passamos a noite na casa do Gaba, uma republica com 5 garotos, todos "illegal aliens". Todos com aquela mistura de saudade do Brasil, duvidas sobre o futuro e o deslumbramento de estar nos Estados Unidos e conseguir ganhar a vida ralando em sub-empregos.

Segunda feira, feriado nos Estados Unidos. Era o Labour Day, o dia do trabalho deles. Encontramos o outro amigo de Sao Paulo, o Andre, que veio legalmente estudar musica e ficou estudando e trabalhando de garcon num hotel de Santa Monica. Figura.


Fomos pra Malibu, a um lugar onde, impressionantemente, se podia beber cerveja na praia! Lindo. Passamos a tarde entre cervejas, camaroes e mojitos.

De noite pegamos a estrada. Mapa, numeros, freeways, highways, roads... e chegamos em Corona, uma cidadela a quase duas horas de LA, pra visitar a Heloisa, prima da Carol. Ela estudou Turismo aqui quando garota, conheceu um italiano, casou-se e ficou. Tem greencard, e mora numa casa tipica de filme ameicano, tipo Simpsons. Puro luxo. Estamos num majestoso quarto de hospedes, mas estamos beeeem longe do burburinho de Los Angeles.

Daqui a pouco voltamos pra LA. Vou entrevistar o Gaba para um video que estou fazendo, e vamos pra uma baladinha praiana em Malibu, indicada pelo Andre.

Esta divertido. Indo pra la e pra ca, vendo amigos, vendo lugares. California dreaming...