21.10.09

Dias 09, 10 e 11 - Itália - Milão


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* Acordar, fechar malas, desmontar bercinho, pegar passaportes e correr pro aeroporto. Pela quarta vez em 10 dias, lá estávamos voando para um novo país. O destino da vez: Itália.

* Em 1990, a adolescente Carol passou um ano morando aqui com a família. Nunca mais tinha voltado. Mas certas coisas são como andar de bicicleta, e já de começo ela foi se lembrando de desempoeirar sua antiga fluência em italiano. Sorte minha, por que todo italiano fala um inglês sofrível e minha comunicação com eles era sempre precária.

* Sair da escandinávia e cair em um país latino é como voltar a sentir um pouco de Brasil. Os italianos, assim como os brasileiros, adoram uma zona. E chegando já começamos a ver as filas confusas, as discussões de trânsito, os carros estacionados na calçada, os vendedores pechinchando, enfim, a malandragem que tanto conhecemos.

* A temperatura também ajudou. Nada como descer 2 horas de avião em direção ao equador. Enquanto na Suécia e na Letônia a temperatura ficava entre os 5 e 10 graus, fomos recebidos em Milão com impressionantes 18 graus. Durante o dia a temperatura foi caindo até os 13 graus, um frio tipo BH ou São Paulo. Mas nada como sair de casa só com 2 blusas de frio, e não 3.

* Milão é uma cidade bem bonita, mas também é uma cidade bem cheia. Não chega a ser absurdo como no Brasil, mas em todo lugar víamos muitos carros na rua, apesar do charmoso atenuante que a grande maioria dos veículos são modelos minúsculos, como o Smart, o Mini e o Fiat Cinquecento, carangas tão pequenas qje fazem o nosso Uno Mille parecer uma Land Rover. Além de, claro, as indefectíveis motos Vespa. Apesar de não ser uma cidade movida a bicicletas e metrôs como as melhores cidades da Europa, eles tem um sistema de transporte público baseado em bondes que funciona muito bem, e um trânsito ainda muito menor do que qualquer metrópole brasileira. Se tem uma coisa que não dá saudade de São Paulo é o trânsito, né?

* A falta que um guia nos faz. Tanto na Suécia quanto na Letônia tínhamos um guia "Lonely Planet" sempre à mão para nos dar dicas. Simplesmente esquecemos nosso guia da Itália no Brasil, o que nos obrigou a nos virarmos com mapinhas fraquíssimos comprados nas bancas de revista. Guias do Lonely Planet, não saiam de casa sem ele.

* Milão é a capital mundial da moda. O centro de Milão é como a matriz da Oscar Freire, com lojas de grife uma ao lado da outra. Mas há um problema: o italiano é um brega por excelência, e apesar de todo o tempo vermos pessoas vestidas com roupas caras e óculos escuros gigantes, a breguice do italiano e da italiana transcende o preço do figurino. Desculpem, italianos, mas os suecos tem muito mais estilo do que vocês.

* Italiano não pára de falar, e isso não é lenda. Agora, nos tempos modernos, a frase é: italiano não para de falar no celular. É só olhar pra alguma calçada e ver um italiano tagarelando no aparelho sem parar, em geral brigando com a pessoa do outro lado da linha. É sério.