1.4.12

Bottom bay - excursão antropológica


Bottom bay é uma praia que o nosso guia classifica como "the quintessencial caribbean beach", ou seja, é referência, tínhamos que ir. Só que o taxi custava uma nota, R$70 cada perna, então decidimos ir de ônibus. Geralmente, em nossas viagens desfilhados, sempre tomamos ônibus, aliás, preferimos! É nossa experiência antropológica, locomover tal qual os locais, ver a vida como ela é, viagem e não turismo. Mas com dois pequeninos, carrinho, máquina fotográfica, mega bolsa com fraldas, frutas, suco, lanchinho, almoço e às vezes janta, fica difícil entrar em ônibus mesmo em SP, onde já sabemos nos locomover bem... Mas como o orçamento já estava estourado, essa virou nossa "excursão atropológica" em Barbados. Já no hotel, quando pedimos orientação de como chegar, nos olharam estranho, não sabiam o que responder, avisavam: vocês terão que atravessar a rua duas vezes! (num lugar que os carros param quando vc está na faixa). Pegamos um ônibus, fomos até Oistins, que era a 3 paradas dali, aproveitamos e compramos água no supermercado. Caminhamos até o Bus Depot e pegamos o Sam Lord's Castle, que nos deixaria perto, mas ainda teríamos que caminhar. Dentro do ônibus pedi informação a uma senhora que sentava atrás de mim: com um sotaque 90% indecifrável consegui pescar (mais pelos gestos do que pelo léxico) desçam aqui, virem à esquerda e logo à direita. Mas um cara que desceu no mesmo ponto disse, "não, venham por aqui, tem um atalho". Seguimos com o cara, num momento nossos destinos se distanciavam e ele mostrou: "vejam o mar, a praia é ali". Seguimos a indicação e o horinzonte: o mar era nossa referência. Mas a rua acabou, um outro cara, trabalhando sozinho com um trator numa construção, reforçou: "a rua faz uma curva, sigam por ela e vocês chegam na praia, olhem o mar". Continuamos até chegarmos no mar, mas num despenhadeiro, não numa praia. Que ódio, se você não sabe, não dê informações, ainda mais erradas para pais com duas crianças pequenas. Caminhamos muito, caminhamos sob o sol do caribe que, mesmo com protetor fator 70, queima pra caralho. Voltamos para a estrada e tomamos o caninho indicado pela senhora, não longe dali estava a entrada oficial para a praia, se tivéssemos seguido a orientação dela, e não o "atalho", já estaríamos na praia!!!! Enfim, chegamos, depois de uma mega escadaria (com dois pequeninos, carrinho, máquina fotográfica, mega bolsa com fraldas, frutas, suco, lanchinho, almoço e às vezes janta)... Uma praia bonita, mas que depois disso tudo, não tinha uma cerveja nos esperando!
Bottom Bay Beach
Passamos a manhã por lá, quando deu umas 14h começamos a voltar. Caminhamos de volta até a rua principal, chegamos num ponto de ônibus que não tinha uma sombra...
Esperando o busão
resolvemos começar a andar para ir até aonde tínhamos descido na vinda, pois lá tinha um barzinho e assim que começamos a caminhar passa um ônibus. Tentamos voltar o mais rápido possível até o ponto, mas sem muita esperança de conseguir! Mas além dele parar onde estávamos para nos atender, a cobradora ainda desce para nos ajudar com nossa montanha de coisas. Existem ônibus públicos e privados em Barbados, na vinda viemos com o público: um ônibus muito bom, sem cobrador, vc precisa entregar o valor certo para o motorista, uniformizado... na volta o ônibus era privado, meio detonado, com um som bombando, lotadaço. Chegou num cruzamento, vi a plaquinha dizendo Oistins para a direita e, claro, ele virou para a esquerda. Fomos até Bridgetown, paramos para almoçar por lá e depois pegamos um taxi de volta ao hotel. Apesar de qualquer um imaginar o contrário, esse foi meu dia preferido da viagem, pois foi viajar como eu gosto, como eu acredito, não como é feito para turista ver.
No busão